Pego no papel e na caneta. Vou rabiscando, rascunhando. Ó, criatividade, onde andas tu? Só me saem flores e palavras sem nexo, não consigo escrever, não consigo desenhar, sinto-me inútil em frente a este papel. Sinto-me inútil aqui sentada. Sinto-me inútil. Eu não costumava sentir-me inútil, o que se passa comigo? Porque é que não consigo parar de rabiscar o papel e escrever algo com sentido, porque é que sinto a minha mente bloqueada, porque é que me sinto apática e sem vontade de fazer nada? Vejo o tempo a passar, vejo a minha vida a acumular-se diante dos meus olhos. Rabiscada. Rascunhada. E eu em apatia constante, sem conseguir passá-la a limpo.
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