segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Há uns dias, numa caminhada nocturna com a minha mãe, veio em conversa a minha mudança de faculdade para o mestrado e o medo que a minha mãe tem que eu me dê com rapazes (o que é inevitável, visto o curso em que estou). Ao responder sobre a facilidade que é relacionar e trabalhar com rapazes, acabei por devanear um bocado sobre amizades. A maior conclusão que tirei, e que me deixou pensar, é mais ou menos a seguinte.
Já me mentalizei que nunca vou ter uma experiência universitária igual à das minhas amigas. Que criaram novas amizades dentro dos cursos que escolheram. Que têm sempre companhia para jantares académicos, saídas à noite, férias, para além dos grupos de trabalho e noitadas de estudo. 
Eu criei amizades ao longo dos três últimos anos, sim. Ajudei e pedi ajuda, tive companhias para almoços e cafés, criei hotspots com o meu portátil e liguei-me a hotspots criados por outros. E aprendi a jogar Fifa com um comando de playstation. Mas ainda assim, são amizades diferentes. Não são más, muito pelo contrário.Mas também são diferentes, e meio imprevisíveis. 
Já me mentalizei que os próximos dois anos serão semelhantes. As mesmas amizades descontraídas e piadolas. Não sei se os amigos que fiz ao longo da licenciatura se darão ao trabalho de tirar um minuto para dizer olá e perguntar como estão as coisas. Não sei se os amigos que eventualmente fizer ao longo do mestrado se preocuparão em perguntar como estão as coisas quando começar a trabalhar. Nem eu sei se vou fazer isso. Tudo o que posso fazer é ir-me safando, ir lidando com rapazes da maneira que sei fazer, ir criando amizades e divertindo-me à custa delas. 

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