quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Not giving a shit.

É engraçado como a expressão em inglês é exactamente o oposto da portuguesa.

Fazer grupos às cegas com desconhecidos é assim: ou se tem sorte ou se tem azar. Fazer grupos às cegas com desconhecidos que já se conhecem é complicado: quer se tenha sorte ou azar, acaba-se sempre por ser um extra, um apêndice.
É assim que me tenho sentido: um apêndice. Stressada com a data de entrega de um trabalho que se aproxima. Stressada porque o resto do grupo, após o meu e-mail de "call for arms" e das ideias que enviei, resolveu começar o trabalho sem dizer ai nem ui. Sem comunicação de qualquer espécie tirando a pasta da dropbox onde vou vendo os ficheiros serem actualizados e os e-mails que insisto em enviar para saber a situação e perguntar o que é preciso fazer. Não nos reunimos, não conversamos, nada.
Já me stressei demasiado. Demasiado. Custa-me imenso fazer trabalhos à custa de outras pessoas, custa-me e faz-me sentir uma parasita. Mas se não há um esforço de comunicação da outra parte, que mais posso fazer, se não sou propriamente a pessoa mais comunicativa deste mundo e ter o grupo reunido fisicamente ou separado é a mesma merda?

Resta-me ir insistindo com os mails. Ir estudando o código que aparece na dropbox e tentar compreendê-lo (e se necessário acrescentá-lo). Resta-me estudar o trabalho e a matéria e tentar fazer boa figura na altura da oral. Resta-me o desenrascanço. Resta-me ter esperança e resta-me cagar um bocado nas pessoas porque as pessoas estão-se a cagar pra mim.

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