domingo, 6 de abril de 2014

What's on yer mind? - I

Engraçado, ao longo do dia surgem-me sempre imensas coisas que poderia escrever aqui, às vezes tenho na minha cabeça um desabafo enorme a formar-se com palavras bonitas e tudo, mas depois quando carrego no "novo post", esqueço-me de tudo.
O último post que fiz, há quase um mês, anunciou o meu regresso depois de uma pausa neste blog, mas a verdade é que não tenho sentido vontade de escrever aqui. Este blog acompanhou os meus momentos mais maus, e nestes últimos tempos, inconscientemente, tenho-me desligado um pouco de tudo o que influencia os meus pensamentos maus. E, inconscientemente, fui deixando o blog para trás.
Não, isto não é uma mensagem de despedida. Não quero que este blog acabe. Porque cada vez que me sinto nostálgica, volto a Maio de 2008 e releio os meus posts, um a um. Os meus textos longos e wannabe-filosóficos e profundos (a tentar imitar o treck treck, que na altura não se chamava treck treck, mas que tinha momentos luminosos). As minhas férias aborrecidas, a mudança para posts curtos a alternar com desabafos longos. Os meus stresses, a minha entrada na faculdade, o WoW, o meu namorado. É giro pensar que tenho quase 6 anos aqui retratados.

Quase que podia dizer que não me apetece vir aqui contar a minha vida, porque estou ocupada a vivê-la. Acho que li isso algures num blog, há uns anos. Mas a primeira opinião que me surgiu sobre essa frase foi que a pessoa em questão andava a divertir-se à brava e demasiado ocupada para ligar ao blog.
Não, eu não me ando a divertir. Não fiz subitamente um monte de amigos, não comecei a sair à noite (nem de dia), não estou a viver com o meu namorado nem mudei de casa. Exteriormente, a minha vida parece ser a mesma de sempre: Ir às aulas, baldar-me de vez em quando, voltar para casa, comprar comida, estar com o meu namorado todos os bocadinhos possíveis, vir à terra a casa dos meus pais, fazer festas à minha gata. Continuo a ser a mesma pessoa com altos e baixos, que stressa por tudo e por nada e que reage ao stress com lágrimas. Mas, interiormente, houve coisas que mudaram. Os meus altos e baixos (mais propriamente os baixos, vá) estabilizaram ligeiramente. Tenho tido muito mais paz, e muito mais calma. E nem imaginam o quanto eu precisava disto.

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