terça-feira, 17 de março de 2015

London

Como "prémio" por me ter portado bem o semestre passado (e ter conseguido juntar o dinheiro suficiente), fui a Londres durante 6 dias - aproveitando os preços de época baixa e o facto de neste momento não ter nada que me prenda, nomeadamente aulas.
Apesar do cansaço e da constipação gigantesca com que voltei, adorei estes dias, adorei voltar a andar de avião, adorei fazer as minhas primeiras férias a dois, adorei a cidade e conto lá voltar um dia destes.
Os pontos altos da viagem foram, entre outros:
 - "Please do not leave any iPhones or iPads on the plane, as me, my wife and our six kids already have enough" - piada do piloto após aterrarmos em Heathrow
 - Underground - depois de anos a andar no metro de Lisboa, fiquei completamente parva com a organização do metro em Londres. Apesar da quantidade de estações e linhas existentes (e algumas linhas ainda bifurcam em vários sitios), não existem confusões. Há funcionários em todo o lado prontos a ajudar (incluíndo junto às cancelas, por isso não se vê ninguém a entrar à socapa). Os metros chegam a cada 1-2 minutos (embora mais para a noite hajam intervalos maiores em certas linhas) e, se por acaso algum ficar parado num sinal vermelho por mais que alguns segundos, o motorista avisa logo. Acho que agora me vai custar habituar ao de Lisboa :P
 - King's Cross - a estação que tem a plataforma 9 e 3/4. Para quem não sabe, tem lá um trolley meio metido dentro da parede (e duas senhoras a tirar fotografias - pagas, claro).
- St. Pancras - é mesmo ao lado de King's Cross, e é onde se apanham os comboios de longo curso, tanto dentro do UK (Escócia, Gales, etc) como os da eurostar para Paris e Bruxelas. É enorme e o edifício é lindíssimo - tanto que aparece nas cenas do Harry Potter

- British Library - uma biblioteca que também tem exposições. No dia em que lá fui apanhei uma de manuscritos famosos - incluíndo diagramas feitos por Da Vinci, desenhos de anatomia humana de Michel Angelo, e letras de músicas rabiscadas pelos Beatles.
- London Eye - roda gigante, vista por toda a londres, what's not to love.
- The London Dungeon - uma espécie de casa de terrores que conta e dramatiza eventos históricos (a história de Guy Fawkes, as torturas usadas antigamente, a Peste, a história de Sweeney Todd, Jack the Ripper, etc.). Consegue ser assustador e hilariante ao mesmo tempo. 
- Madame Tussauds - o museu de cera. Apesar da confusão de gente que por lá andava a querer tirar fotografias com os bonecos todos, é muito giro. Ia dando um pontapé na Audrey Hepburn quando fui tirar uma foto com ela, mas vá, pormenores.
- Hamleys - uma loja de brinquedos gigantesca que nos faz voltar à infância. Tem um pouco de tudo, desde Barbies a Drones, passando por Legos. Os empregados são uma simpatia (suponho que passar o dia a brincar com um monte de brinquedos diferentes tenha os seus efeitos).
- Forbidden Planet - uma lojinha que encontrei enquanto procurava sítios mais geeks para visitar durante a estadia. É mesmo uma loja de geeks - DC, Marvel, Doctor Who, Star Wars, Minecraft, Big Bang Theory, Breaking Bad e Harry Potter são só algumas das marcas que se encontram por lá. Têm desde bandas desenhadas a t-shirts e bonequinhos (daqueles que não se podem tirar das embalagens porque senão perdem o valor!!)
-Kensington Gardens e Hyde Park - verdinho no meio da cidade. Kensington tem um lago enorme cheio de cisnes, patos e uma variedade de aves aquáticas. Existem esquilos nas árvores que estão tão habituados às pessoas que se começarmos a mexer na mala eles ficam atentos. Se virem que temos comida então vêm praticamente comer à mão - não me arrisquei nisso porque não tinha luvas e não me queria arriscar a levar uma dentadinha.
- Science Museum - história e exposição de várias maquinetas. Na parte de comunicações e tecnologias podemos encontrar um iPad 2 e um iPhone 3 (o que mete piada, dado que eu tenho um iPhone 3 e um iPad 2 cá em casa).
- Natural History Museum - é enorme e não conseguimos ver tudo (ainda por cima era sábado e estava uma confusão do caraças), mas ainda deu para ver um dinossauro enorme antes de desistirmos e irmos embora. De qualquer modo tirámos uma selfie com ele e baptizámo-lo de Gervársio.
- Torre de Londres - história de como era usada pelos reis para habitação e defesa. Também tem lá as jóias da Coroa e essa parte fez-me sentir muito pobrezinha.
- Pequeno Almoço - o pequeno almoço inglês no hotel era demasiado caro, por isso ficámo-nos pelo continental. Tinham croissants e mini pacotinhos de nutella. Sim, eu comi croissants com Nutella ao pequeno almoço. Todos. Os. Dias.

Os pontos baixos da visita:
- Café - vê-se muita gente com os copos de papel à-la-starbucks, mas o café espresso não é muito usado fora de portugal. Um espresso em qualquer lado em Londres custa em média 2 libras (portanto 2 quase 3 euros). Mesmo tendo em conta que o custo de vida é muito mais alto, ainda assim é um exagero. Já para não falar que a qualidade do café deixa muito a desejar. 
- Frio - apesar do que se diz sobre inglaterra ser só frio e chuva, apanhámos um tempo bastante bom - não muito mais frio que um inverno aqui em portugal. O problema é mesmo os interiores terem melhor isolamento e aquecimento - é um choque de temperaturas quando se sai de um sítio qualquer para a rua, e à pala disso constipei-me
- Aterragem - na viagem de volta para Lisboa já vinha constipada e passei o tempo todo a assoar-me e tossir. Quando o avião começou a diminuir alguma altitude, os ouvidos taparam-se e por muito que eu bocejasse, fingisse mastigar (para mexer os maxilares) ou mexesse os músculos da cara, só consegui destapar o ouvido direito. Entre os assoos, a tosse e a diminuição da altitude, o outro ouvido começou a doer-me para caraças. Passou quando aterrámos, mas ainda fiquei surda durante uma boa hora.
- Cansaço - decididamente preciso de fazer mais exercício. A meio do dia, quando ainda faltavam ver imensas coisas, já eu andava com os pés feitos em papa. 
- Harrods - Ok, pessoas que já tenham ido a londres são capazes de me querer torcer o pescoço quando virem o Harrods na minha lista de pontos baixos. Mais uma vez, o edifício por fora é bonito, mas por dentro é um armazém tipo El Corte Inglés, só que bem maior, e muito mais classy. Mais uma vez, senti-me pobrezinha. Principalmente ao ver relógios com preços na ordem dos seis dígitos. Não sou muito dada a compras, talvez seja por isso que não tenha gostado assim tanto. Além disso não tem a parte de restauração como os centros comerciais, por isso não havia sítios quase nenhuns para sentar e eu andava sempre cansada e aflita dos pés. 
- Mind the Gap - O único defeito do metro de londres é existirem intervalos demasiado grandes entre o cais e o comboio - em certos sítios cerca de 10 ou 20 cm de diferença de alturas. Não foi problemático para mim, mas acredito que o seja para pessoas com mais dificuldades.

Pronto. Há mais coisas que eu poderia meter aqui, mas o post já vai demasiado longo. Decididamente quero voltar a Londres, e decididamente quero voltar a fazer férias a dois, mas por agora tenho que me focar na tese. E depois logo se vê...

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