quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Ahoy

Como sempre, passo semanas sem escrever e depois chega o ponto em que escrevo aqui um post gigante.
Às vezes pergunto-me se alguém lê o meu blog mesmo.
Adiante:

Olá pessoas.

Já sou Mestre.

Ah pois é. Queria ter feito mais posts a relatar esta aventura, mas os níveis extremamente altos de stress e cansaço impediram-me.
No dia 16 de Outubro entreguei a tese, ou seja, submeti-a no site da faculdade. Apesar de a entrega ter sido relativamente calma (tinha de entregar até à meia noite e depois do almoço já tinha submetido, mas às onze e meia lembrei-me de uma frase inacabada que tinha deixado e fui corrigir num instante), não entreguei a tese propriamente de consciência tranquila.

Na véspera da entrega, o meu orientador quis conversar comigo sobre o meu trabalho. Que o meu trabalho era fraco e eu deveria esperar uma nota baixa. Não foi 100% inesperado. Entre os dias em que me sentia demasiado em baixo para sair sequer da cama (foram demasiados), o tempo que perdi com duas entrevistas de emprego e o tempo que perdi a resolver problemas sem importância da tese, sabia que não tinha feito muita coisa. E quem lê isto possivelmente pensa que eu andei aqui estes meses todos a brincar com isto, o que não é o caso, mas é impossível alguém perceber como é que outra pessoa às vezes "não tem energia para sair da cama" a menos que já tenha passado pelo mesmo. Eu gostei imenso de fazer a minha tese, entenda-se. Dei o meu melhor. E dormi mal quase todas as noites. E todos os dias, sem excepção, era assaltada pelas dúvidas e pelo desespero.
E no fim, o meu melhor não foi o suficiente para ter uma boa nota. E voltei a ouvir o tom de desapontamento do meu orientador.

Depois daquela conversa, ainda por cima na véspera da entrega, só me apetecia mandar a tese à fava. A última coisa que me apetecia era fazer gráficos para apresentar resultados e escrever as últimas conclusões. Mas lá consegui fazer um esforço. E entreguei a tese. E marcaram-me a defesa. E eu fiquei de me preparar.

Tive quase duas semanas para preparar a defesa, mas cada vez que pensava no assunto, vinha-me à cabeça a conversa que tinha tido com o orientador, ficava a sentir-me inútil, e não fazia nada. Para melhorar as coisas, o meu namorado foi para os estados unidos a uma conferência, e eu fiquei sem o meu maior apoio. E por isso só comecei a preparar a defesa uns dias antes. Custou-me horrores fazer a apresentação, foi mesmo "puxada a ferros". Foram uns dias um bocadinho maus (eu tenho muita tendência para os dias maus, é uma treta).

Na sexta passada fui apresentar a tese. Escusado será dizer, estava extremamente nervosa. Felizmente ninguém foi assistir. Tentei manter a cabeça erguida enquanto ouvia críticas e comentários. Respondi às perguntas. E pronto. Não vou dizer aqui a nota porque tenho um bocadinho de vergonha, mas não foi demasiado má. Pelo menos não foge à media das outras notas.

Ainda tenho que fazer modificar a tese (o nome do juri tem de ir na capa, e tenho que fazer umas pequenas alterações nalguns capitulos), e posteriormente submeter online a versão final, e entregar os CDs na faculdade (felizmente não tenho que fazer aquela coisa da versão impressa com encadernação xpto, fuck yeh). Já devia ter começado a tratar disso, mas confesso que me tem sabido muito melhor dedicar o meu tempo a não fazer absolutamente nada. De qualquer modo tenho até quase ao final do mês para tratar disso (ainda há imensa gente a fazer defesas), vou ver se despacho a coisa na próxima semana.

E depois tentar decidir o que fazer em relação ao futuro.


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