domingo, 22 de novembro de 2015

Sleepless nights

Se há coisa que odeio no modo de funcionento do meu cérebro é a capacidade de me desiludir quando penso que desta vez ele não me vai falhar. Como hoje. Ou melhor, ontem. Por incrível que pareça, madruguei. Tipo, acordei antes das oito da manhã. Sim, a um sábado. Sim, sem despertador. Pensei que ia ser uma noite tranquila, até que vim para a cama.
Entre o açúcar (cometi o erro de comer antes de me deitar), uma otite, um nariz entupido a avisar constipação eminente e o pensamento constante de que tenho que organizar a minha vida, assim que me deitei comecei a sentir-me inquieta, como se o meu cérebro me estivesse a dizer "sossegar? Mas a noite ainda é uma criança! Olha tantos livros que podes ler, e pensamentos que podes escrever. Devias usar esses pensamentos a teu favor e escrever um livro. Olha, parece-me boa hora para fazeres um origami!".
Ok, ter comprado um livro pequeno e baratucho para o kindle também não ajudou à festa. Porque tive de o ler, claro.
Odeio quando não consigo sossegar. Ter calor e frio ao mesmo tempo não ajuda. O nariz entupido e a dor de ouvidos não ajudam. Pensar no pdf do meu CV, na lista de vagas que tenho guardada, e em tudo o que pode acontecer quando juntar os dois não ajuda. Pensar no futuro não ajuda. E aqui estou às escuras, a escrever ao telemóvel. À espera do sono.

Sem comentários: