sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Here's to the next year.

2016 foi um ano complicado. Foi um ano de mudanças. Foi um ano de experiências novas. Teve os seus momentos bons e maus.

Chego hoje ao dia 30 de Dezembro sem ter um balanço concreto. Não estou de mal com a vida, mas também não estou super feliz. 

A 1 de Janeiro de 2016 eu tinha terminado o mestrado há dois meses e queria apostar numa aventura nova fora do país. Uns dias antes tinha tido um Natal infernal, com certas pessoas da minha família a deitarem abaixo esta ideia, com ideias pré-concebidas sobre o que eu deveria fazer da minha vida. 

Sentia-me horrivelmente. Inútil, por estar há demasiado tempo sem fazer nada. Desamparada, por não ter o apoio das pessoas que me são mais próximas. Ainda estava a viver em casa do meu irmão e os meus dias eram passados a dormir e a tentar garantir que quando ele chegasse a casa do trabalho eu já tinha jantado e me tinha fechado no quarto.

Tinha um prazo para esta aventura, e ele chegou ao fim. E no início de Fevereiro abandonei a ideia. Redireccionei as minhas pesquisas. E mandei currículos. E as respostas chegaram. Fiz duas entrevistas de emprego. Comecei os dois followups dessas entrevistas, mas a verdade é que só acabei efectivamente um deles.

Em Março comecei à procura de casa.
Assinei um contrato de estágio.

Em Abril comecei um estágio de 4 meses. Foi difícil, e havia dias em que me sentia completamente inútil. Percebi que tenho imensa dificuldade em pedir ajuda. E que também sou demasiado teimosa e acho que consigo fazer tudo sozinha, mesmo que já esteja a stressar e a entrar em parafuso.
 
Em Maio assinámos o contrato de arrendamento.
Em Junho mudei de casa e passei a viver com o meu namorado. Montei uma mesa de centro, duas mesas de cabeceira, uma cómoda, uma estante/aparador, uma mesa de refeições, quatro cadeiras de refeição e uma de escritório (o resto da mobília desmontável teve ajuda externa). IKEA for the win. 

Em Julho assinei o contrato de trabalho.

Em Agosto fui conhecer o Porto e voar num ATR.

Descobrimos o quão horrivelmente quente é a nossa casa no Verão, e o quão irritantes conseguem ser os vizinhos de baixo. 

Em Setembro juntei-me oficialmente à equipa. O meu primeiro dia com os meus colegas foi o dia em que voámos para Londres para uma série de reuniões de trabalho.

Mudámos de escritório.

Em Dezembro tive a festa de Natal do escritório que antecedeu o jantar de Natal. Participei no Secret Santa, bebi mulled wine e joguei beer pong.

E chegámos ao dia de hoje. 

Estou a morar com o meu namorado há seis meses, e a trabalhar com a minha equipa há três. Ainda não me ambientei. Ainda durmo mal. Ainda ando sempre sem energia. Tenho dores de cabeça frequentes (embora talvez parte disso sejam os meus olhos a implorar por uma ida ao oftamologista). Não consigo fazer uma alimentação equilibrada (mas tenho sempre bróculos, espinafres e ervilhas no congelador, e uso-os!) nem fazer exercício regularmente (às vezes jogo Just Dance).

Vontade de aspirar, limpar ou fazer o que quer que seja em casa? Zero.

Gosto do meu trabalho, mas sinto-me sempre inferior a toda a gente. Estou sempre a tentar fazer um esforço para mudar a minha maneira de ser (fake it until you become it!), mas há dias em que o cansaço leva a melhor de mim e não consigo. Não consigo ser produtiva, não consigo pedir ajuda, nada.

Para 2017, tenho que ir ao oftamologista. Espero conseguir começar a orientar-me entre o trabalho e a casa. E quero ir ver o concerto dos Depeche Mode. 

De resto, não vale a pena fazer uma lista com mais resoluções - toda a gente sabe o que é que lhes acontece.

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